sábado, 1 de dezembro de 2012

Ponto continuativo.

Hoje me disseram aquela frase tão famosa, embora com outras palavras, mas ainda aquela frase: "O que tiver que ser seu, volta. Diferente e pronto pra ser seu e o que não tiver que ser, deixa no passado."

Acho engraçado o quanto as pessoas teimam em dizer que você é passado e que tenho que te deixar lá, o quanto elas sabem o que é melhor pra mim e que Deus lá na frente preparou um futuro lindo, com filhos, um carro na garagem e um cachorro pra cuidar. Acho engraçado o quanto elas teimam em dizer tudo o que eu já sei. Acho engraçado também, elas saberem exatamente o que é melhor pra mim enquanto eu me encontro aqui. Perdida, sem saber pra onde olhar, pra onde correr. Acho engraçado elas não estarem aqui, sentindo as mesmas coisas que eu, para assim então, conseguirem explicar o fato delas não estarem também, atrás de algo em que elas pudessem se apegar, por mais furado e inseguro que seja.

Quando você passa anos se apegando e lutando por uma coisa, seja pra esquecer, seja pra lembrar, mas quando você passa anos da sua vida pensando naquilo, não vão ser 5 dias e uma frase de efeito que vão conseguir tirar aquilo da sua cabeça. Afinal, foram anos tentando e até agora nada, né?

Até quando isso? Até quando vou perder minhas noites de sono e um cara lindo, que só quer meu bem e uma chance pra me fazer feliz? Até quando eu vou ficar aqui, lutando contra mim mesma e fantasiando que "com ele aonde quer que esteja, é sempre amor"? E eu respondo todas essas perguntas, da forma mais inesperada possível. Não vai ser hoje, não vai ser amanhã e talvez nem semana que vem. Não vai ser com o tal do tempo que cura tudo, muito menos com "férias, um porre e um novo amor". Vou viver assim até quando eu tiver coragem de arrancar todos os pontos continuativos e colocar pontos finais nessa história. Até quando eu criar, por menor que seja, um pouco de vergonha na cara, um pouco de juízo e discernimento.

Vamos fazer o seguinte, eu te ajudo se você me ajudar. A gente corta um dobrado, sofre um pouco mais e se esquece. Você não me procura querendo "o último encontro" e eu não te procuro quando não tiver mais quem procurar. Estamos combinados? Mas vai e dessa vez vai mesmo, sem despedidas, um outro último  beijo ou lágrimas. Vai dar tudo certo, você vai ver. Você vai achar alguém mais novo que eu e eu vou achar alguém que tenha mais certezas à oferecer que você. Viver no muro e fingindo eternamente ter 15 anos pra você se (re)apaixonar, nunca fez muito o meu estilo. Então vai, mas só se tiver muita certeza. Porque dessa vez eu vou atrás, mas pra colocar pontos finais por onde tiver brecha de reticências.

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