quinta-feira, 4 de abril de 2013

 Algumas coisas a gente abre mão. Simples assim. Você tenta uma, duas, três, às vezes até mais que isso, mas no final, você sempre acaba abrindo mão. O meu caso fica pro "às vezes até um pouco mais que isso", ou melhor, muito mais que isso.
 Abri mão dos remédios pra depressão e dos pra conseguir dormir. Das noites em claro. Dos ataques de fúria que me fizeram quebrar algumas coisas em casa. Abri mão de umas fotos na cabeceira da minha cama. Abri mão de uma mensagem de boa noite. Abri mão do psiquiatra. Tudo isso na tentativa (quase) bem sucedida de ser feliz sozinha. Aprendi na marra a acreditar na música "se você quer alguém em quem confiar, confie em si mesmo".
Hoje, eu confio em mim, conto meus segredos pra mim, digo "eu te amo" pra mim, de frente pro espelho, feito uma louca. Aprendi que os limites das pessoas, terminam aonde começa meu amor próprio.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Querido Papai Noel,

Confesso que deixei de acreditar no senhor faz alguns anos, mas com algum tipo de esperança, decidi lhe escrever esse ano depois de tanto tempo, para que quem sabe dessa vez, alguém ai do Polo Norte ou Sul, já nem sei mais, não consegue um pouco de tempo pra ler minha cartinha.
Esse ano, não quero bonecas ou um cd da Xuxa, eu fui uma boa menina e quero o que é meu por direito. Quero tardes felizes passeando de mãos dadas por aí, fotos engraçadas que me façam rir só de olhar pra elas e lembrar da história. Também quero almoços na casa da sogra, jantares surpresa à luz de velas, conchinha pra dormir, acompanhada de um cafuné e massagem nas costas. Quero também algumas brigas, mas acima de tudo reconciliações antes de dormir. Quero uma rosa vermelha por mês, na data que ele fez o pedido de namoro. Quero algumas declarações de amor, mensagens de bom dia ou no meio da madrugada, quando ele sair com os amigos, ficar bêbado, mas mesmo assim lembrar de mim um pouco antes de dormir. Quero campeonatos de videogame, de arroto, de quem come mais no rodízio... Quero algumas outras brigas e reconciliações cada vez melhores. Quero ir pra praia à noite e esperar o nascer do sol. Quero perder a hora e a noção do tempo com ele. Quero que ele peça mais 10 minutos toda vez que eu ensaiar uma despedida e que ele me abrace e não me deixe levantar por nada da cama. Quero que ele me diga o que sente e que eu possa dizer o que sinto sem me sentir uma babaca. Quero que ele diga que me ama todos os dias. Que me ache bonita sem maquiagem, com uma blusa dele e de coque, procurando a reprise do jogo do vasco na televisão. Mas acima de todas essas coisas, quero ele.

Thayná.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sem nexo.

Pra que isso, me diz? Porque aparecer na minha vida, me fazer desistir de tudo e depois ir embora, fazendo o que você diz odiar, escolhendo por mim? Te faz bem me ver mal? Te faz bem me maltratar? Porque se for, desculpa te informar mas eu nunca mais vou poder te fazer bem. Vou me bloquear pra você, pra qualquer tipo de contato ou reaproximação.
Você quer que eu "te escolha", mas não me deixa segura o suficiente pra isso, some na "primeira" dificuldade, com medo da minha família complicada ou por não entender sua "posição" pra eles. A gente passa horas conversando e no dia seguinte parece que você esquece da minha depressão ou do meu medo de me entregar. Você diz tanto me conhecer e não percebe que são esses os momentos em que você tem que me abraçar mais forte?
Vamos fazer o seguinte: É pra sumir? ok. Eu sempre ganhei no pique-esconde e ninguém nunca mais consegue me achar quando eu quero. Coloco minha capa de invisibilidade, me visto com uma das minhas mil personalidades, me faço de má e a gente vê se sou realmente eu que te faço mal ou não. Mas decide de uma vez. Não me faz criar esperanças de novo. Decide e me avisa. Sair assim, sem nem dar tchau é a pior coisa que alguém pode fazer.

Ponto continuativo.

Hoje me disseram aquela frase tão famosa, embora com outras palavras, mas ainda aquela frase: "O que tiver que ser seu, volta. Diferente e pronto pra ser seu e o que não tiver que ser, deixa no passado."

Acho engraçado o quanto as pessoas teimam em dizer que você é passado e que tenho que te deixar lá, o quanto elas sabem o que é melhor pra mim e que Deus lá na frente preparou um futuro lindo, com filhos, um carro na garagem e um cachorro pra cuidar. Acho engraçado o quanto elas teimam em dizer tudo o que eu já sei. Acho engraçado também, elas saberem exatamente o que é melhor pra mim enquanto eu me encontro aqui. Perdida, sem saber pra onde olhar, pra onde correr. Acho engraçado elas não estarem aqui, sentindo as mesmas coisas que eu, para assim então, conseguirem explicar o fato delas não estarem também, atrás de algo em que elas pudessem se apegar, por mais furado e inseguro que seja.

Quando você passa anos se apegando e lutando por uma coisa, seja pra esquecer, seja pra lembrar, mas quando você passa anos da sua vida pensando naquilo, não vão ser 5 dias e uma frase de efeito que vão conseguir tirar aquilo da sua cabeça. Afinal, foram anos tentando e até agora nada, né?

Até quando isso? Até quando vou perder minhas noites de sono e um cara lindo, que só quer meu bem e uma chance pra me fazer feliz? Até quando eu vou ficar aqui, lutando contra mim mesma e fantasiando que "com ele aonde quer que esteja, é sempre amor"? E eu respondo todas essas perguntas, da forma mais inesperada possível. Não vai ser hoje, não vai ser amanhã e talvez nem semana que vem. Não vai ser com o tal do tempo que cura tudo, muito menos com "férias, um porre e um novo amor". Vou viver assim até quando eu tiver coragem de arrancar todos os pontos continuativos e colocar pontos finais nessa história. Até quando eu criar, por menor que seja, um pouco de vergonha na cara, um pouco de juízo e discernimento.

Vamos fazer o seguinte, eu te ajudo se você me ajudar. A gente corta um dobrado, sofre um pouco mais e se esquece. Você não me procura querendo "o último encontro" e eu não te procuro quando não tiver mais quem procurar. Estamos combinados? Mas vai e dessa vez vai mesmo, sem despedidas, um outro último  beijo ou lágrimas. Vai dar tudo certo, você vai ver. Você vai achar alguém mais novo que eu e eu vou achar alguém que tenha mais certezas à oferecer que você. Viver no muro e fingindo eternamente ter 15 anos pra você se (re)apaixonar, nunca fez muito o meu estilo. Então vai, mas só se tiver muita certeza. Porque dessa vez eu vou atrás, mas pra colocar pontos finais por onde tiver brecha de reticências.

Por: Gabito Nunes

"Quem te viu ontem, rindo desgraçadamente da penca de peripécias amorosas na mesa de um bar qualquer, não te vê hoje, em sonhos saciados à luz do corujão e meu zelar incrédulo perguntando pras paredes creme o que eu faço contigo, com isso, comigo, daqui a pouco, quando o sol sair a pino. Jeito de menino, bom filho, pseudo e péssimo namorado, amante profissional. Difícil é separar seus predicados do sujeito simples, dono da minha oração de cada domingo empapando o travesseiro.
Então eu rezo. Sai de mim. Sai de mim. Sai de mim. Quero uma coisa nova, mas pra me suar as mãos e enfraquecer as canelas, você ainda é o que há de mais inovador. E é isso que me mata aos poucos: juntos, a gente dança disforme à música. Um pra lá, um pra cá, e seu corpo me chama pra dançar. Vou, não nego. Mas na manhã seguinte, quando segue o baile, estou sem par outra vez."

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vamos simplificar?


Vocês vão ver, vai ser melhor; Dona Flor e ses dois maridos nem foi tão ruim assim. A gente impõem limites e faz nossas próprias regras. Vai ser legal. Eu prometo.
Tinha que ser igual aos contos infantis. Eu gosto de você, você gosta de mim. Somos quase irmãos gêmeos de tão parecidos, vinha uma voz no fundo que dizia e eles viveram felizes para sempre e acabou. Fim de papo.